sexta-feira, 6 de maio de 2011

Quando achávamos que teríamos um dia livre...

Hoje acordamos achando que teríamos um dia livre, que usaríamos para ir ao Centro de Buenos Aires tirar dinheiro no Banco do Brasil e dar uma chegada em alguns pontos turísticos da cidade. Ontem passamos pelo Obelisco, na Avenida 9 de Julio. Muito doido, Buenos Aires é muito monumental, por onde se passa há alguma praça com bustos de personagens históricos, ou mesmo grandes monumentos, geralmente representando um grande herói argentino (como Juan de Garay, que fundou a cidade em 1580, ou Juan Domingo Sarmiento, autor de “Facundo”, considerado um clássico do pensamento nacional argentino, e que chegou à presidência na segunda metade do século XIX, Juan Domingo Perón, presidente argentino por duas vezes e “fundador” de uma das principais vertentes políticas argentinas, o “peronismo”....). O engraçado é que na maioria das vezes esse herói está montado em um cavalo. Coisa dos Pampas mesmo.



Então, acordamos e fomos tomar banho. Essa experiência se mostrou ontem, principalmente para o Salgado, que achou que a cozinha ia explodir. Ontem mesmo veio o “plumbero”, vulgo encanador, o cara que conserta o “calefón”, vulgo aquecedor. Com tudo consertado, nem tivemos tempo de tomar banho ontem, e quando o fizemos hoje (o primeiro foi o Raul), a parada estourou de novo, dessa vez com o Fofão na cozinha. Isso estragou nossos planos, pois tivemos que nos dividir em dois grupos, Raul e Carou indo ao Centro para trocar dinheiro e ir a um locutório postar o relato de ontem, Salgado, Fofão e Paulão em casa com os últimos pesos restantes, para comprar algum rango e ligar para o Matias Conejo.


Como quem está escrevendo esse post sou eu, Raul, vou falar mais sobre o meu corre com a Carou no Centro. Como nosso tempo desde que chegamos foi muito corrido, nos mantivemos com a grana que trocamos cada um. O dinheiro específico das gravações está no banco, e vamos sacando aos poucos. Só que para isso é necessário ir à agência do Banco do Brasil em Buenos Aires ou desbloquear o cartão no Brasil, o que eu esqueci de fazer. Tive que ir na agência, que, pelo que vi na internet, fica na Calle Sarmiento 873. Andei uma cara até chegar na tal Calle Sarmiento, fui quase na beira do Rio da Prata e subi a rua toda, e nada do banco. Enquanto isso Carou estava em um locutório com uma conexão provavelmente à manivela, pois quando eu voltei com o cartão desbloqueado, cerca de uma hora e meia depois, ela ainda estava subindo as fotos e vídeos... Com o cartão desbloqueado, podemos efetuar saques em caixas eletrônicos aqui. Cheguei no apartamento em La Paternal e os outros três já tinham feito comida, almoçado e estavam tocando.


Enquanto eles saíram para ir a um locutório e comprar comida suficiente até segunda feira, fiquei em casa trocando a pele de minha caixa e afinando a bendita. Aproveitei para dar umas talagadas no Jack Daniels que eu comprei no Free Shop, afinal, com toda essa dor de cabeça (literalmente), um goró cai bem demais. Fofão está fazendo um café argentino, de qualidade duvidosa, a julgar pelo fato de que o pó vem misturado com açúcar... Salgado está especulando sobre a pronúncia da palavra “crema de leche” e Paulão está delirando com o café cheio de açúcar. Carou está dormindo para recuperar as forças, ela é raçuda demais, mas essa maratona foi desgastante para qualquer um.


Daqui a pouco, às 21:30, teremos mais uma entrevista, por telefone. Depois vamos conferir o show do Ariel Minimal, grande artista daqui, vocalista do PEZ, bandaça aqui de Buenos Aires. Amanhã nos encontramos à tarde com Juan Stewart, que comandará as gravações do nosso disco na semana que vem. Vai ser muito importante essa conversa, estou muito apreensivo, ainda mais porque fui eu quem acertei tudo com o Juan por email. De manhã vamos pagar uma de turista, já combinamos tudo. Já de noite temos show no La Vecindad, com os Falsos Conejos e com Fernando Perales. Vamos nos encontrar com alguns amigos brasileiros e conhecer mais pessoas. Bom demais!


Bom, acho que essa primeira etapa de ralação absoluta está chegando ao fim. Agora vamos poder ter mais tempo para conversar sobre a gravação e nos concentrarmos.


Aquele abraço!


Raul


4Instrumental + Carou

Um comentário:

Hanna Carolina disse...

Isso aqui ta parecendo um livro, so que a gnt nao precisa imaginar o rosto dos personagens! =)To adorando